segunda-feira, 26 de março de 2018

Dona Benta

Dona Benta



O Dona Benta sempre foi aquela vovó de aparência gentil e bondosa que dividia os dias entre cuidar do Sítio, de seus netos que visitam a sua moradia, contando suas histórias.

Mantendo parte de suas características, a Dona Benta é a avó de dois netos que a visitam depois de terem perdido os pais na Grande Guerra do Café. Ela mesma foi oficial e combatente durante o conflito e antes disso era maquinista. Mulher forte, que saía pelo mundo em aventuras, herdou o Sítio e se viu obrigada a aceitar a herança contra sua vontade o que trouxe outras obrigações e desafios.

Depois de muito tempo solitária e de perdas percebeu a importância de ter amigos como Barnabé e Anastácia ao seu lado e passa parte do tempo relatando suas aventuras fantásticas aos seus netos.

segunda-feira, 19 de março de 2018

Visconde




Usando como base um certo artista da música fiz essa versão do Visconde de Sabugosa, do Sítio do Pica Pau Amarelo com uma pegada mais sinistra. Embora não saiba se no Brasil o uso de espantalhos é comum ele tem um pouco disso e gosta de passar um tempo em seu milharal assustando incautos.

Sua roupa é feita com fibras da planta, com tons esverdeados e amarelos sujos e mesmo parecendo elegante sua vestimenta é basicamente feita de trapos que outrora viram momentos melhores.

Nessa versão seus dentes são feitos de milho e isso lhe proporciona um sorriso bem desconcertante...
 

segunda-feira, 12 de março de 2018

Tia Anastácia
 
Lembro de assistir o Sítio do Pica Pau Amarelo, série baseada na obra de Lobato e fora produzida em 1977 e bem pequeno  já me interessava o ambiente fantástico onde pessoas normais conviviam com seres mágicos como o Saci e a Cuca que era até então o bicho papão do qual tinha medo apesar da barriga em arco-íris.

Apesar das recentes ( e na minha opinião legítimas ) acusações de preconceito, acho que os personagens podem sim reverter essa situação sendo retratados de maneira um pouco diferente sem perder suas características e ainda assim permanecerem interessantes. A Tia Anastácia é uma dessas vítimas de sua época onde descendentes da África, Árabes, Indianos ou até chineses eram sempre vistos como pessoas ignorantes, bárbaras e retratadas no máximo do seu estereótipo negativo. E é triste ver como na verdade a gente continua longe de nos livrarmos do preconceito ainda hoje em dia...

Enfim, falando do desenho aí de cima, é uma versão que comecei a trabalhar em 2011 me baseando na obra mas com outro ambiente, Steampunk. Nessa versão, a Tia Anastácia é cozinheira no Sítio mas é também amiga da Dona Benta, com quem dividiu o front no exército durante a guerra como uma general ou capitã. Mais tarde, passado o período do combate, preferiu abandonar as armas e se voltar ao seu amor como cozinheira. Eu queria manter o fato de ela cozinhar mas com um passado que a tivesse levado a fazer essa escolha, como se já tivesse visto violência demais e afetada por isso escolheu algo que traria alegria e sorrisos ao invés de o horror do combate. Mas o passado pode sempre voltar...

Junto com ela também desenvolvi outras versões dos personagens que vou colocar aqui como uma maneira de registro digital da ideia que ainda está em desenvolvimento e funciona também como um exercício de criação com base em conceitos já utilizados.